PAULO GONÇALVES
(Santos/SP, 02/04/1897 - Santos/SP, 08/04/1927)
Poeta e dramaturgo. Exerceu a função de jornalista em diversos periódicos em São Paulo e Santos. Foi autor de peças teatrais do período simbolista. Sua produção na dramaturgia inclui as peças em versos: “Núpcias de D. João Tenório”, “Quando as fogueiras se apagão” e “O Juramento” (1830), em prosa “As Noivas”, “As mulheres não querem almas” e “A comédia do coração”. Foi um poeta de rara sensibilidade cuja obra só não é mais extensa dada sua morte prematura, foi conhecido como o poeta do coração. Sua única obra poética publicada foi “Yara”, coletânea de poemas editada em 1922.
A MULHER NA POESIA DO BRASIL. Coletânea organizada por Da Costa Santos. Belo Horizonte, MG: Edições “Mantiqueira”, 1948.
291 p. 14x18 cm. Capa de Delfino Filho.
Ex. bibl. Antonio Miranda
AS ELEITAS
Ao luar das evocações lendárias, idealizo,
Num recanto celeste, a mansão das eleitas:
Mulheres que, talvez, por um simples sorriso,
São, hoje, em liras de ouro, imortais e perfeitas!
Não fora o ocasional clarão desse improviso,
E, a que sorte apagada estariam sujeitas...
Beatriz não ganharia a luz do paraíso,
Eleonora e Natércia eram visões desfeitas!
Ó musas-noivas, sempre virgens! Em memória
Aos momentos de vossa anonímia, quando
Não se desencantara ainda a vossa glória,
Protejei, consolai. Inspirai, das alturas,
A infinita legião dos que sofrem cantando
Para imortalizar vossas irmãs obscuras!
O GRITO DE SÃO PAULO – CONSTITUIÇÃO DO MORTE! PELA LIBERDADE DO BRAZIL - 9 DE JULHO DE 1932 São Paulo: 1930? 20 p. 14 x 18,5 cm. Inclui os poetas Lino Guedes, Luiz Lucchesi, Luiz Lnnches, Suzanna de Campos, Judas Isgorogota, Domingos Margarinos, Fagundes Varella, Sargento B. João Pedroso, Edmundo Russomano. Gravura dedo General Izidoro Dias Lopes.
Ex. bibl. Antonio Miranda
REDEMPÇÃO
Letra do saudoso poeta Paulo Gonçalves
Música de Marcello Tupinambá
Promettemos salvar o nosso povo,
Pela dedicação mais varonil;
Porque nós somos com um sangue novo
Purificando o corpo do Brasil.
Se um domínio funesto nos infama,
Compromettendo até o nosso porvir
Empunhe cada qual a sua flamma,
Que é dever nós todos reagir!
CORO:
Vem comnosco oh! brasileiro
Auxilia os teus irmãos!
Temos na frente o Cruzeiro
Temos a patria — nas mãos.
São os gênios da nossa independência,
Cuja sombra palpita sobre nós
Que protestam por nossa consciencia,
E estão cantando pela nossa vóz
Nosso próprio destino à que te exhorta
A cumprir este civico dever:
Nós é que temos de forçar a porta,
Nós, só nós, é que temos que vencer
HISTÓRIA DO BRASIL
HISTÓRIA DE SÃO PAULO
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Página publicada em julho de 2022
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